Importa ter-se em conta que em 1714, a Catalunha perdeu o estatuto de Principado, devido à guerra da sucessão espanhola, uma vez que o rei Felipe V ocupou a cidade de Barcelona e incorporou a Catalunha ao resto de Espanha. Foi praticamente a partir desse momento, que o povo catalão se demonstrou descontente com a administração espanhola.
Estabelecendo uma passagem temporal para os acontecimentos recentes e para a situação actual, os últimos presidentes da Generalitat da Catalunha têm aguçado as pretensões independentistas da região. Os últimos a fazê-lo foram Jordi Pujol e Artur Mas, respectivamente.
Manifestação a favor da independência da Catalunha em Barcelona |
É de assinalar que a "lavagem cerebral" aos catalães foi feita com destreza, uma vez que as mentiras e omissões sobre o que aconteceria a uma Catalunha independente assentavam na demogagia e no populismo que sairia caro e fatal aos cidadãos.
Artur Mas sorrindo, apesar da contestação de catalães que defendem a continuidade da região em Espanha. |
As sucessivas rejeições ao tão desejado referendo na Catalunha, incendiava os ânimos e reunia mais um argumento para Artur Mas constituir a sua campanha falaciosa.
Foi neste contexto que no dia 27 de Setembro de 2015, o presidente da Generalitat sob o pretexto de eleições autonómicas, que aconteciam com periodicidade em todas as comunidades autónomas, dissimulou o referendo, desrespeitando o Governo, a Constituição e o Rei. A campanha foi feita de forma clara: os independentistas (Junts pel si e CUP) contra os não- independentistas (PP, Ciutadans e Catalunya Si que es Pot).
Confirmação da derrota |
Consequências da derrota: a destituição de Artur Mas e a decadência das reivindicações.